Agrônoma pela Universidade de São Paulo, ESALQ, se enveredou, ainda na graduação e depois no mestrado em Ciências Florestais pela paixão por florestas, pela biodiversidade no planeta Terra e no Brasil com seus tantos biomas e ambientes naturais diversos, aliada a curiosidade em compartilhar conhecimentos com comunidades tradicionais: caiçaras, indígenas e o conhecimento de agricultores e agricultoras, que naturalmente observam a natureza para sua sobrevivência.
Hoje a frente da Casa da Floresta, faz a gestão de projetos de conservação da biodiversidade com fauna e flora e de restauração ecológica de florestas nativas com diferentes técnicas, a depender da observação do ambiente, um diagnóstico que possibilita através de um olhar atento para o solo, a vegetação já existente no local, o clima e o grau de resiliência, implantar técnicas que vão da semeadura direta, condução de regeneração já existente, ao plantio em área total de espécies nativas.
A fauna representa a comunidade de espécies animais que habitam um ambiente específico ou alargado. Desse modo, o termo pode ser empregado em relação a um bioma específico, por exemplo, fauna do cerrado ou, em geral, como fauna brasileira ou mundial. No Brasil, existem seis grandes biomas: cerrado, caatinga, mata atlântica, pampas, pantanal e a amazônia, cada comunidade apresenta características específicas e sua própria biodiversidade.
A utilização do termo para se referir ao conjunto de animais que sobrevive em uma região começou a ser empregado em 1746, por Lineu. Porém, era usado para designar livros que continham classificação de espécies de animais.
Existem diversos tipos de faunas. Porém, todas as variedades se enquadram em dois grandes grupos, a fauna silvestre e a doméstica. A fauna silvestre agrupa os animais que não necessitam da ação humana para sobreviver, como os animais das florestas. Já os animais da fauna doméstica são aqueles que precisam dos seres humanos para se alimentar, como os gatos e cachorros por exemplo.
Alguns países são conhecidos por abrigarem a maior variedade de fauna do mundo, sendo o Brasil o primeiro da lista – o país com a maior biodiversidade do Planeta, com mais de 103.800 espécies de animais registradas atualmente. A FLORESTA AMAZÔNICA, POR EXEMPLO, É RESPONSÁVEL POR COMPREENDER 20% DE TODA A FAUNA DO MUNDO.
A biodiversidade pode ser definida como a variedade de formas vivas existentes em nosso planeta. A diversidade de vida refere-se não apenas aos animais, mas também às plantas, micro-organismos, entre outros seres vivos.
Quando falamos em diversidade de plantas de uma determinada região, estamos falando da flora de uma área. A flora de cada local é bastante distinta e está diretamente relacionada com fatores como temperatura, radiação luminosa, regime de chuva e solo. Sendo assim, as plantas existentes no nosso país nem sempre são encontradas em outras áreas do mundo, por exemplo.
No Brasil, a flora é bastante rica, principalmente pela diversidade de ecossistemas existentes. Como cada planta é bastante adaptada às condições de uma área, a variedade de espécies exclusivas (espécies endêmicas) de uma região é grande em nosso país. ESSA GRANDE DIVERSIDADE DÁ O TÍTULO AO BRASIL DE PAÍS COM A MAIS RICA FLORA DO MUNDO.
CLIQUE AQUI para conhecer a Lista de Espécies da Flora do Brasil. Essa lista é parte do Programa REFLORA e é atualizada periodicamente por mais de 500 taxonomistas do Brasil e do mundo. Nesse site é possível encontrar informações sobre os nomes das plantas, onde são encontradas no nosso país e sua forma de vida e substrato.
Fonte: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Flora”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/flora.htm. Acesso em 01 de junho de 2021.
“Restaurar ecologicamente uma floresta nativa é mais do que plantar árvores, é observar o que o entorno tem para te dizer, observar cada processo e dar o empurrão que a natureza antropizada pede, nem que seja simplesmente instalar poleiros para que as aves possam pousar e defecar a semente que vai nascer ali e virar árvore. Aprender a observar atentamente a natureza te faz aprender e tentar imitar os processos que ocorrem ali: as sucessões de espécies e a luz, o comportamento dos animais no leva e traz de sementes, os processos sistêmicos e integrados. A natureza ensina para a vida, para o dia a dia, basta observar com um olhar curioso e atento.
Os “quintais” pelos quais passei na infância foram marcantes na minha história de vida: a horta da casa da Bisa Joséfa, a roça de café dos bisos do Paraná Ramon e Maria, o subir na grande ameixeira da vó Adelina e o quintal de fitoterápicos do vó Duqinha, filha de Ozinha, a bisa que era indígena, de onde saiam os macerados, os unguentos e garrafadas que tudo curavam e, por fim, os quintais pelo Brasil afora nos acampamentos com meus pais: banhos de cachoeira, de mar, andanças pela mata, convivência com bichos e boas prosas e cafés com gente do local, foi assim que tomei gosto pela natureza, por estar lá, por ser parte e por ter parte da responsabilidade pela conservação da vida no planeta Terra.”